A União Europeia (UE) e os países do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul) finalizaram a primeira rodada de negociações comerciais desde a retomada do processo com vistas a estabelecer um acordo entre os blocos. Estas haviam sido suspensas em 2004 devido a divergências em matéria de bens industriais e acesso a produtos agrícolas - desacordos que parecem persistir.
A reunião realizada de 29 de junho a 2 de julho em Buenos Aires marca o reinício do processo, anunciado na Cúpula de Madri, em 17 de maio. As conversações basearam-se nos três pilares da negociação: política, cooperação e comércio. De acordo com nota do Itamaraty, nas tratativas em matéria de comércio, “produziu-se um frutífero intercâmbio, que permitiu acordar um ponto de partida e uma base de trabalho comum para o tratamento dos temas pendentes nos diversos capítulos do Acordo, levando-se em conta a evolução ocorrida nos últimos seis anos”.
Apesar do otimismo constante dos documentos oficiais da reunião, o processo deverá enfrentar dificuldades, dadas as acusações direcionadas pela UE contra as medidas de caráter protecionista tomadas pela Argentina. Por sua vez, os subsídios agrícolas outorgados pela UE também têm sido alvo de críticas das Partes envolvidas no processo. A isso, soma-se a situação econômica europeia, que permitirá aos setores mais conservadores exercer e justificar sua resistência ao processo. Na América do Sul, as eleições presidenciais no Brasil certamente terão impactos sobre as perspectivas das negociações. Leia aqui a matéria completa do Pontes Quizenal.
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