A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal decidirá no dia 29 de outubro se aprova ou não a adesão da Venezuela ao Mercosul. A decisão foi anunciada dia 1º de outubro pelo presidente da comissão, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), depois que o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), solicitou vistas de parecer contrário à adesão, apresentado pelo relator da matéria, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Jucá elogiou o parecer do relator, mas anunciou a intenção de elaborar um voto em separado - favorável à adesão da Venezuela - que será debatido conjuntamente com o texto apresentado por Tasso.
Enquanto isso, o Senado recebe essa semana o prefeito de Caracas, Antonio Ledesma, que defenderá a entrada de seu país no Mercosul. Opositor do presidente venezuelano, Hugo Chávez, Ledezma, que sempre foi contrário à adesão de seu país ao bloco econômico, mudou de posição nos últimos dias.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) já tomou a iniciativa de abrir o debate, com uma apaixonada defesa do processo de integração da América do Sul. Simon lamentou que o parecer do relator tenha dado maior ênfase a um relatório elaborado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) a respeito da situação dos direitos humanos na Venezuela. Em sua opinião, a OEA - que conta com a participação dos Estados Unidos - não teria interesse na integração independente da América do Sul. Por outro lado, observou, a presença da Venezuela no Mercosul seria a melhor maneira de garantir a preservação da democracia naquele país.
- Se o Senado fechar as portas à Venezuela, vai matar o Mercosul. Se a Venezuela entrar no Mercosul, a democracia ali será garantida, pois, caso contrário, o país será expulso do bloco - afirmou Simon.
Com informações da Agência Senado e da Agência Brasil
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