O Parlamento do Mercosul (Parlasul) expressou nesta segunda-feira "sua mais enérgica condenação" às ações do "grupo de militares hondurenhos que derrubou o governo constitucional da irmã República de Honduras e que pretendem se manter ilegitimamente no poder".
O órgão destacou também seu compromisso para "colaborar na busca de uma solução que garanta o respeito à democracia".
Em declaração aprovada durante a 6ª sessão extraordinária do órgão legislativo do Mercosul, realizada em Montevidéu, os deputados regionais pediram a "todos os atores políticos e sociais" de Honduras para retomar "a via do diálogo pacífico e democrático".
A declaração oficial do Mercosul não incluiu, porém, uma menção de "pleno respaldo" ao governo de Manuel Zelaya que aparecia na minuta oficial e que foi retirada antes da votação final.
Em 28 de junho, Zelaya, cujo mandato termina em janeiro de 2010, foi expulso do país pelos militares e destituído do cargo pelo Congresso, que nomeou Roberto Micheletti, até então titular do poder legislativo, como novo governante.
Segundo os deputados do Mercosul, "todo golpe de Estado no âmbito da comunidade latino-americana de nações é um atentado à história e às boas relações de convivência no continente", o qual é preciso combater "pelo grave precedente que essa prática representa".
O Parlasul tem caráter apenas consultivo e funciona com 18 representantes de cada país sócio. Os países discutem a formação de um Parlamento com mais atribuições e que leve em conta a população de cada membro em sua composição, mas divergências quanto ao peso de cada um dos sócios ainda travam a negociação.
Folha Online, 17/08/2009
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